Não vamos voltar à Unesco, disse o diretor geral do Ministério das Relações Exteriores, Alon Ushpiz, à rádio militar, reconhecendo que as autoridades estadunienses estão pensando em voltar à agência.
Em 2011, a organização das 193 países aceitou a entrada da Palestina, e um ano depois a Assembleia Geral da ONU lhe concedeu o status de Estado observador.
Nossa adesão à Unesco “influenciaria a maneira como a comunidade internacional olha para a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e nossa posição é que a Autoridade Palestina não é um Estado”, disse Usphiz.
Após a decisão da agência, tanto Israel como seu aliado, os Estados Unidos (que forneciam 20% do financiamento da agência) deixaram de pagar suas dívidas e, portanto, perderam seus direitos de voto em 2013.
Em seguida, o ex-presidente estadunidense Donald Trump se retirou da instituição em 2019 e, embora seu sucessor Joe Biden tenha manifestado interesse em voltar, ele deve primeiro negociar com o legislativo.
Uma regra do Congresso proíbe o financiamento dos EUA a qualquer organização das Nações Unidas que conceda plena adesão a um grupo que não tenha “atributos de Estado internacionalmente reconhecidos”, uma clara referência à ANP.
Enquanto a maioria da comunidade internacional defende a criação de um Estado palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital, as autoridades israelenses rejeitam tal possibilidade.
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