Segundo a empresa, uma análise abrangente dos planos de exploração de Cambo, um campo mapeado a oeste das ilhas Shetlands da Escócia, constatou que os benefícios econômicos não são suficientemente fortes no momento, e que há a possibilidade de atrasos na implementação.
O anúncio feito pela Shell, que detinha 30% de participação no projeto, foi recebido com alegria por grupos ecológicos e ambientalistas que há anos vêm pedindo ao governo britânico que proíba as licenças de exploração e desenvolvimento.
“A Shell está fora! Este é o começo do fim para a Cambo”, disse o grupo ambientalista Stop Cambo no Twitter, que advertiu, no entanto, que não descansará até que o projeto inteiro seja encerrado.
A afiliada britânica da Greenpeace, que em outubro passado perdeu um desafio legal para forçar o governo a reverter uma permissão concedida à British Petroleum para operar em um campo vizinho do Mar do Norte, disse que a retirada da companhia petrolífera anglo-holandesa deveria ser vista como um golpe fatal para a Cambo.
O deputado trabalhista e conhecido ambientalista Ed Miliband disse que a Shell havia mostrado que era uma má escolha e instou as autoridades conservadoras a porem um fim ao projeto de uma vez por todas.
A decisão correta para garantir a segurança energética do Reino Unido é acelerar a introdução de energias renováveis e assegurar que os interesses dos trabalhadores do setor de petróleo e gás sejam protegidos através de uma transição justa, disse ele.
A empresa Siccar Point Energy, que compartilhou o projeto Cambo com a Shell, prometeu procurar alternativas para continuar a exploração, enquanto o governo se limitou a dizer que esta é uma decisão comercial tomada independentemente pela transnacional anglo-holandesa.
Segundo especialistas, o campo petrolífero tem o potencial de produzir cerca de 175 milhões de barris na primeira etapa.
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