A produção de López (1947-2019) junta-se à interessante lista de filmes que tratam desse período da história nacional, a das guerras de independência da metrópole espanhola e, ao mesmo tempo, constitui uma aproximação a uma das figuras mais admiradas dos feitos heroicos do Mambo.

Durante sua vida, o diretor disse que, embora o longa contenha alguns elementos ficcionais, ele não trai a pesquisa histórica rigorosa na qual se baseia e recria os acontecimentos reais da infância e juventude do herói, nascido em uma família crioula rica até sua morte em combate aos 32 anos de idade.

El Mayor oferece uma visão do período em meados do século XIX e suas filmagens incluíram seis batalhas nas extensas planícies de Camagüey, nas quais até 200 cavalos e 500 extras foram utilizados, enquanto nas cenas da cidade foram filmadas nos edifícios frequentados por Agramonte, hoje joias do patrimônio e em perfeito estado de conservação.

A maior parte do filme foi rodada ali, porque naquela cidade, uma vez Villa Santa María del Puerto Príncipe, ainda há provas do amor de Agramonte por sua esposa, Amalia Simoni, suas ações como líder da cavalaria Mambo e suas façanhas épicas durante a guerra.

Os jovens atores Daniel Romero e Claudia Tomás interpretam Ignacio e Amália, um elenco que também inclui os atores americanos Michael Redford como Brigadeiro Henry Reeve (el Inglesito), que lutou sob o comando de Agramonte, e Jonathan Burton como General Thomas Jordan, na época Chefe do Estado-Maior do Exército Libertador durante a Guerra dos Dez Anos.

Outra atração do filme será a música de José María Vitier, um compositor que fez história no cinema cubano com mais de uma composição.

El Mayor é, sem dúvida, um filme muito esperado em Cuba, onde Agramonte é lembrado como um símbolo da luta pela independência, uma figura lendária, um exemplo da coragem daqueles que deram suas vidas na manigua redentora.

mem/chm/bm