O Ministério das Relações Exteriores denunciou o apoio das autoridades de Tel Aviv aos agentes, após considerar aquele país como um Estado promotor do Apartheid.
Também criticou o silêncio da comunidade internacional diante dos crimes cometidos por aquele país.
Segundo autoridades do país vizinho, Salima esfaqueou um judeu perto do Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, antes de ser morto.
Um vídeo que se tornou viral nas redes sociais mostrou dois soldados israelenses atirando à queima-roupa na noite de sábado contra o jovem, que foi ferido no solo após seu ataque.
Em outras imagens, observa-se que a polícia impede que os médicos cheguem ao local do incidente para prestar os primeiros socorros.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU na Palestina classificou o assassinato como uma execução extrajudicial ontem.
“Execuções extrajudiciais como essa são consequência do uso regular de força letal por seguranças israelenses bem armados e bem protegidos contra os palestinos, e da quase total falta de responsabilidade pelas mortes e ferimentos de palestinos pelas forças israelenses.” disse em um comunicado.
Por sua vez, o gabinete do presidente da Autoridade Nacional Palestina condenou o incidente e apelou à comunidade internacional para que atue para impedir os crimes israelenses. Apesar do vídeo, o comandante da polícia de fronteira israelense, Amir Cohen, deu todo o seu apoio aos agentes, lembrando que eles “agiram com firmeza”.
O primeiro-ministro Naftali Bennett e o chefe da oposição, Benjamin Netanyahu, parabenizaram os guardas.
Este caso deve ser investigado, alegou por sua parte, o ministro israelense de Cooperação Regional, Esawi Frej.
Você só deve atirar em atacantes para salvar vidas humanas, não matar quando eles não representam mais perigo, disse ele.
Os parlamentares israelenses Aida Touma-Sliman e Ofer Cassif também criticaram duramente os oficiais, chamando a morte do palestino uma execução e um crime horrível.
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