O programa, organizado pela Associação Nacional de Televisão, terá duração de duas horas, durante as quais os candidatos tentarão convencer os indecisos de seus planos para o governo.
Nas eleições de 21 de novembro, Kast, do Partido Republicano de extrema-direita, ficou em primeiro lugar com apenas dois pontos de vantagem sobre Boric, da coalizão de esquerda Apruebo Dignidad, embora todas as pesquisas publicadas posteriormente deem ao segundo colocado uma vantagem para o segundo turno de 19 de dezembro.
Para Mauricio Morales, analista político e acadêmico da Universidade de Talca, o debate será o mais “tenso e conflituoso” desde o retorno à democracia em 1990.
“Não apenas por causa das diferenças entre as plataformas, mas também por causa das óbvias diferenças pessoais”, Morales foi citado como tendo dito pela Radio Cooperativa.
No dia anterior, apoiadores de ambos os candidatos se enfrentaram na Plaza Baquedano, conhecida como Plaza de la Dignidad, resultando em duas pessoas feridas.
Por meio de seu perfil na rede social Twitter, Boric apelou aos cidadãos para não serem divididos pela disputa eleitoral.
“Peço, de ambos os lados, que mantenhamos o debate sobre ideias e propostas e nunca cheguemos a atos de violência. Todos nós amamos o Chile e queremos o melhor para nosso país”, disse ele.
Seu coordenador de campanha, Giorgio Jackson, lamentou que o tom do segundo turno seja a guerra suja, baseada nas mentiras dos adversários.
Além do debate televisionado, os candidatos à cadeira presidencial farão uma turnê por diferentes províncias do país e na quinta-feira realizarão suas cerimônias de encerramento de campanha.
jf/car/vmc