Núñez procurou detalhes de uma proposta feita a este respeito pelo líder do Partido Popular de direita da Espanha, Pablo Casado, durante sua recente visita aqui, onde se encontrou com o Presidente Luis Lacalle Pou.
Em seu pedido ao Ministério das Relações Exteriores, o legislador da Frente Ampla perguntou se a possibilidade de incluir o Uruguai em uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos “faz parte da agenda do governo”.
Acrescentou que, se assim for, ele gostaria de saber “quais seriam as razões pelas quais seria considerado pertinente” para o Uruguai aderir à organização, bem como “o alcance disso em termos de direitos e obrigações a serem assumidos”.
Casado reuniu-se com Lacalle Pou como parte de um tour pelo cone sul, no qual ele entrou em contato com os presidentes do Paraguai, Mario Addo Benítez, e do Chile, Sebastián Piñera, mas na Argentina ele só conversou com o ex-presidente Mauricio Macri e o prefeito da oposição de Buenos Aires, Horacio Rodríguez.
Segundo a mídia El Español, a Casado pretende formar uma “grande aliança internacional pela liberdade”, que se traduz em uma articulação de forças de direita contra os movimentos progressistas.
Em Montevidéu, ele também visitou a sede do Partido Nacional Governamental para confirmar seu convite para que o país sul-americano aderiria à OTAN.
Antes de partir, ele ratificou esta medida em uma entrevista ao jornal pró-governamental El País, na qual atacou Cuba, Venezuela e Nicarágua e criticou o governo de coalizão espanhol do Partido Socialista dos Trabalhadores (PSOE) e a esquerda Podemos.
mem/hr/bm