Desanimada com a notícia, a ex-ministra da Cultura e trovadora argentina Teresa Parodi escreveu uma mensagem em suas redes sociais na qual relembra vários momentos vividos com a violonista e cantora, fundadora da Nueva Trova.
“Vicente Feliú morreu cantando no palco de sua amada Cuba. Como se seu violão estivesse escrito, ele testemunhou o voo daquele último gesto de sua fecunda vida. Imagino-o sereno cruzando para a outra margem. De pé sobre seus sonhos, de pé sobre sua morte nos dizendo que agora ele viverá para sempre na alma infinita dos povos em luta “, disse ele.
Parodi destacou que o trovador “saiu como viveu: todo cheio de música. Não haverá esquecimento para ele, nem solidão, nem nunca. Seu nome já é uma bandeira de amor que nos impulsiona a continuar construindo pátrias livres e justas. Vamos atrás da esperança, seu canto nos ilumina. Até a vitória sempre”, disse o ex-dirigente.
Por sua vez, Paula Ferré, promotora do projeto MujerTrova, ficou chocada com a morte de uma pessoa que considerava pai e seu padrinho musical.
Em sua mensagem, que acompanha com uma imagem com Feliú, Ferré descreve o artista como um homem imenso, generoso e solidário. Ele estava lutando, dando tudo em um palco. Sua família em Buenos Aires está de luto, disse a artista, que deu um abraço em sua família.
“Até a vitória sempre querido Vicente. Muito obrigado por todo o seu amor. O mundo de hoje homenageia você e agora continue levantando todas as suas bandeiras”, disse o trovador, que em 2008 dedicou uma peça a ele.
Desde a agência estatal Télam, através do jornal Página 12 e outros meios de comunicação como Minuto Uno e Ámbito Financiero, fizeram eco à morte do grande trovador, que era bem conhecido nestas terras do sul.
“Um poeta agudo e inspirado e um violonista cheio de expressividade”, como descreve a agência Télam, que relembrou como dividiu o palco com Isabel Parra, Inti Illimani, León Gieco, Mercedes Sosa, Myriam Quiñones, Pete Seeger, Daniel Viglietti, Alfredo Zitarrosa e Carlos Mejía Godoy, entre muitos outros.
Por sua vez, o jornal Página 12 lembrou que, entre muitas coisas, Feliú escreveu música para peças de teatro, televisão e shows e colaborou em programas culturais como assistente de direção e direção musical.
Ele dirigiu o centro cultural Canto de Todos, que promove encontros e intercâmbios, desde a música, na América Latina, e percorreu grande parte do continente, inclusive a Argentina, disse esse meio.
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