O Clube de Prisioneiros Palestinos disse em um comunicado que os presos adotaram esta decisão sem precedentes contra todos os procedimentos judiciais relacionados à detenção administrativa para “denunciar esta farsa”.
O grupo acusou os serviços de segurança israelenses, especialmente o Shin Bet, órgão encarregado da inteligência interna, de mantê-los atrás das grades. Logo após o anúncio, o restante dos prisioneiros palestinos ratificou seu total apoio a essa decisão e apelou à população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza para apoiá-la, destacou a agência de notícias Maan.
Criticada pela ONU e por grupos de direitos humanos, a chamada detenção administrativa é usada por Israel para prender palestinos em intervalos renováveis que variam normalmente de três a seis meses, com base em evidências não divulgadas de que até mesmo o advogado do réu está proibido de ver.
Sistematicamente, vários palestinos, presos sob esta política, fazem greves de fome indefinidas para denunciar seu caso e forçar as autoridades israelenses a libertá-los.
Segundo dados oficiais, no final de novembro 4 mil 550 palestinos estavam atrás das grades nas prisões do Estado judeu, incluindo 32 mulheres e 170 menores.
Em dezembro passado, presos palestinos realizaram um protesto para denunciar a repressão a funcionários do Serviço Prisional Israelense.
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