A análise especifica que essa midia levantou corresponde a notícias falsas ou dados distorcidos divulgados diariamente pelo presidente, cerca de 2.516 nos 12 meses, número que supera os anos anteriores.
Segundo Aos Fatos, mais da metade dessas informações estava relacionada à pandemia da Covid-19, cujo impacto negativo é minimizado diariamente pelo presidente.
Bolsonaro fez 1.278 declarações a esse respeito sem dados endossados por especialistas ou uma avaliação real da situação sanitária do país, mais da metade de todas as registradas desde os primeiros casos positivos da doença registrados em 2019.
O chefe de Estado teve o mesmo comportamento em relação às eleições gerais convocadas para outubro deste ano, processo sobre o qual mentiu 145 vezes.
Por exemplo, Bolsonaro disse 27 vezes que as atuais urnas eletrônicas não permitem a auditoria de votos, comunicado denunciado como um atentado ao sistema eleitoral do gigante sul-americano e de suas autoridades.
Consequentemente, a Justiça Eleitoral assegurou que possui os mecanismos e procedimentos que permitem a revisão dos resultados, como as cadernetas de votação digital e as urnas eletrônicas, bem como as verificações prévias e posteriores dos equipamentos.
Aos Fatos lembra que a predisposição do presidente para mentir, usar informações falsas ou distorcer os fatos aumentou desde que assumiu a liderança do Estado, em janeiro de 2019.
No final daquele ano, foram confirmadas 606 afirmações classificadas como falsas ou distorcidas, em 2020 as investigações apontam para 1.592 e, no final de 2021, as 2.516 mencionadas.
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