Em nota, os ativistas exigem que o presidente faça uma reforma eleitoral diante da avalanche de regulamentações adotadas em estados dominados por republicanos que restringem o acesso de minorias às urnas.
No documento, que tem o apoio de organizações como Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e Asian American Advocacy Fund (Fundo de apoio aos asiático-estadounidenses), entre outras, eles pedem ao presidente que se abstenha de visitar o estado da Geórgia na próxima semana sem um plano de proteção ao sufrágio.
A Casa Branca anunciou que o presidente e a vice-presidenta, Kamala Harris, vão visitar Atlanta, a capital do Estado mencionado, para “falar com o povo americano sobre a necessidade urgente de legislação federal sobre o direito constitucional de voto”.
Embora o executivo não tenha dado uma resposta imediata aos grupos de direitos civis, o secretário de imprensa Jen Psaki disse que aprovar regulamentações federais sobre o assunto é uma “alta prioridade” para o governo.
A Câmara dos Deputados aprovou dois projetos de lei no ano passado relacionados à votação: a chamada Lei do Povo e a Lei de Promoção dos Direitos de Voto John Lewis, mas esses textos atualmente não têm chance de superar o bloqueio republicano no Senado.
Por essa razão, os líderes democratas defendem uma mudança nas regras legislativas que permitam superar a obstrução dos conservadores.
O futuro depende disso, disse a democrata Katherine Clark em um artigo de opinião na revista Newsweek, onde pediu mudanças para evitar outro evento como o de um ano atrás, quando uma multidão de apoiadores do ex-presidente Donald Trump atacou o Capitólio impulsionada pela sua teoria da fraude eleitoral.
O líder da maioria no Senado, Charles Schumer, prometeu submeter a votação antes de 17 de janeiro um dos projetos que buscam preservar o sufrágio ante as vinte disposições locais que impedem a participação eleitoral com base em normas muito técnicas.
acl / avr / hb