A representante do povo Warao, que prestou juramento no dia anterior como líder dessa organização nesta nação sul-americana, expressou em declarações exclusivas à Prensa Latina, que os povos indígenas de todos os países têm o compromisso de garantir que sua voz seja uma só e ouvida em todos os cantos do planeta.
“Uma só voz que é uma só, baseada naquele equilíbrio cósmico que queremos alcançar estabelecido pelas cores da nossa wuipala (bandeira de sete cores)”, sublinhou.
Em um ato solene no museu boliviano de Caracas, a cerimônia de escolha da nova diretoria que liderará a organização foi realizada no dia anterior, de acordo com o regulamento.
Depois de apresentar várias propostas endossadas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), os legisladores aprovaram a nova diretoria por maioria e de acordo com os costumes ancestrais, Aray foi empossada em plenário.
A diretoria eleita prometeu continuar defendendo os direitos dos povos indígenas e continuar lutando por reivindicações, além de permanecer fiel à Revolução Bolivariana.
Após assumir a presidência dessa organização, a líder waray garantiu a esta agência que os indígenas venezuelanos continuarão trazendo a verdade sobre a Venezuela e as conquistas alcançadas durante esses 20 anos.
“Ninguém fez mais pelos povos indígenas do que o governo venezuelano, porque foi o presidente Hugo Chávez que nos deu um voto e deu visibilidade a essas comunidades ancestrais e sua cultura”, ressaltou.
A Venezuela, disse ela, é uma referência para os povos indígenas, pela força e unidade alcançadas pelas 42 etnias que compõem o país.
Lembrou que enquanto em outros países como a Colômbia são assassinados líderes indígenas, encarregados de manter o equilíbrio político e social de suas comunidades, nesta nação sul-americana são estabelecidas leis e decretos para sua proteção.
Em muitos outros, destacou, tentam apagar suas culturas, costumes, dialetos e até mesmo suas raças, como forma de colonização moderna para fazê-los desaparecer como comunidade.
“Mas somos povos de paz, essa é a nossa premissa, não há barreiras, nem fronteiras, nem diferenças, porque diante de nossos deuses ancestrais somos todos iguais e estamos unidos pelo amor a Pachamama e tudo o que ela representa”, enfatizou a líder indígena, a Prensa Latina.
O PIA é um órgão permanente continental e supranacional, onde seus representantes debatem os problemas que afetam esses povos e propõem medidas para sua solução.
Foi fundado em 29 de agosto de 1987, na Cidade do Panamá e ratificado na segunda reunião de legisladores indígenas, realizada na cidade de Manágua em 31 de agosto de 1988, por meio da Declaração do Panamá e onde se criou o Grupo Parlamentar Venezuelano(GPV).
Esta instância é a porta-voz, em todo o mundo, dos valiosos avanços legislativos que colocam a Venezuela como referência nos direitos e nas reivindicações dos povos indígenas.
O PIA-GPV reproduz as legislações que agrupam as leis aprovadas para essas comunidades, por meio do parlamentarismo social indígena, onde levantam-se propostas para o aprofundamento do arcabouço legal que protege seus direitos.
Graças ao apoio do Governo Bolivariano e aos avanços alcançados, a organização continua agregando e fortalecendo os povos originários do país e cooperando com o resto das populações ancestrais do mundo.
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