Os pesquisadores explicaram que desde o início da pandemia de Covid-19, surgiram mutações que se espalharam entre a população mundial, causando um grave problema de saúde, especialmente as variantes Delta e Ômicron.
Ao mesmo tempo, apontaram que estas variantes “têm um padrão característico de mutações genéticas, que podem aumentar a transmissibilidade do vírus ou reduzir a eficácia das vacinas ou tratamentos de anticorpos”, antecipando mudanças ainda desconhecidas que podem aparecer no futuro.
Para tentar antecipar tais alterações, os cientistas, liderados por Martin Weigt, propuseram um mecanismo que visa prever possíveis mudanças por meio do estudo das sequências genômicas de todos os coronavírus preexistentes, e cujos resultados são consistentes com a variabilidade atualmente observada do SARS-CoV-2.
Combinando suas previsões com dados imunológicos, os pesquisadores descobriram que Ômicron e outras variantes foram favorecidos pela proteína Spike, que desempenha um papel fundamental na ligação, fusão e entrada em células hospedeiras humanas, e é o principal alvo para a terapia de anticorpos e desenvolvimento de vacinas.
Com base nestas considerações, ao analisar as proteínas do SARS-CoV-2 e as evoluções dos últimos dois anos, o modelo é capaz de prever estatisticamente o aparecimento de novas variantes e ajudar a orientar o projeto de novos remédios ou terapias de anticorpos.
Embora o trabalho tenha se concentrado no SARS-CoV-2, os pesquisadores consideraram que os resultados podem ser extrapolados para serem aplicados a possíveis epidemias futuras causadas por outros tipos de patógenos virais.
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