Havana, 21 jan (Prensa Latina) O projeto solidário Puentes de Amor defende hoje a reaproximação entre os povos de Cuba e dos Estados Unidos e o fim do cerco econômico contra a ilha diante de campanhas para deter suas iniciativas.

Isso foi ratificado em entrevista exclusiva à Prensa Latina pelo ativista e líder da organização, Carlos Lazo, promotor, além de caravanas e doações de alimentos, remédios e suprimentos para amenizar o impacto das políticas hostis da administração do norte.

Depois de viralizar o amor por seu país natal em um vídeo com seus alunos da cidade norte-americana de Seattle, o professor cubano-americano decidiu embarcar em um caminho de solidariedade que não parou apesar das ameaças.

Mais de dois anos depois, Puentes de Amor se confirma como uma iniciativa disposta a lutar por um mundo melhor e pela unidade entre os povos, disse.

Após a chegada no último sábado de mais de sete toneladas de leite em pó em um carregamento coordenado, além disso, pelos grupos Code Pink e The People’s Forum, Lazo insistiu em manter essas iniciativas que “fazem um buraco no bloqueio” contra Cuba.

A chegada de suprimentos básicos se soma a outros planos para este ano, como os habituais chamados de caravanas e mobilizações em território norte-americano e outros países para exigir o fim do cerco hostil.

“Temos outros planos futuros, mas são perguntas que não podemos responder totalmente porque também reconhecemos que eles alertariam os ‘odiadores’ para tentar nos enganar”, disse ele.

“Gostaria que tudo fosse fácil, mas você tem que correr riscos”, reconheceu Lazo.

Em seu trabalho mais recente, Puentes de Amor optou por criar uma frente comum com outras organizações de solidariedade como Code Pink, The People´s Forum ou a National Network on Cuba.

“Temos outras iniciativas que vamos anunciar na hora das doações. Está se formando uma ideia que tem a ver com as crianças e vai ser muito legal”, disse.

2022 está cheio de projetos em diferentes partes do mundo que tentam trazer a luz da solidariedade, assegurou.

Entre as principais conquistas da organização, destaca-se o interesse dos norte-americanos em viajar ao país caribenho para verificar sua realidade, considerou.

“No nosso caso, não fizemos mais viagens com os meninos por causa da pandemia, mas assim que a situação melhorar, provavelmente iremos. Eles estão esperando por isso”, disse.

Ao mesmo tempo, a confirmação de que há uma emigração patriótica que deseja melhores relações com Havana também devolveu a esperança a muitos, insistiu.

“Em meio a uma pandemia há pessoas decentes, não apenas cubanos ou norte-americanos: a maioria do planeta quer que as sanções sejam levantadas e que o povo saiba, isso lhes dá esperança”, ressaltou.

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