Em ato na Plaza del Atomium desta capital em repúdio ao bloqueio econômico, comercial e econômico, o diplomata lembrou aos residentes cubanos e belgas solidariamente os recentes acontecimentos que ilustram o impacto do bloqueio na União Européia (UE) e até numa das suas principais instituições, o Parlamento Europeu.
A este respeito, mencionou o bloqueio do banco holandês ING aos fundos doados para financiar a viagem a Cuba de uma delegação da Internacional Progressista, que organizou uma visita a Havana para apoiar o apelo da nação antilhana pelo livre acesso a vacinas contra o Covid-19.
Também, destacou os obstáculos enfrentados por uma delegação oficial de 11 eurodeputados para obter bilhetes para a sua viagem à ilha na próxima semana, negados pela agência de viagens CWT, prestadora de serviços oficial ao Parlamento Europeu, por pertencer a uma empresa dos Estados Unidos.
Os parlamentares enviaram uma carta de reclamação às mais altas autoridades da UE, carta na qual consideraram o ocorrido como mais uma prova da natureza extraterritorial do bloqueio e da necessidade de que o órgão de 27 estados-membros aja com firmeza contra ele.
Jiménez destacou que situações como essas não impedem a materialização da solidariedade e do apoio a Cuba diante da hostilidade aplicada por Washington há mais de seis décadas.
Nesse sentido, mencionou a doação de cinco toneladas de leite em pó para crianças cubanas pela iniciativa Puentes de Amor, liderada pelo professor Carlos Lazo, e a chegada ao país caribenho de uma doação de suprimentos médicos e instrumentos musicais feitos pelo artista Nachito Herrera e um terceiro contêiner com materiais e equipamentos médicos enviados por cubanos residentes na Bélgica e belgas em solidariedade.
São exemplos concretos do que podem e fazem os cubanos e amigos da ilha, cuja gente aprecia tais gestos, disse.
O diplomata também se referiu à natureza criminosa do bloqueio norte-americano e sua intensificação com 243 medidas, 60 delas em plena pandemia, pelo governo Donald Trump, todas mantidas por seu sucessor na Casa Branca, Joe Biden, durante seu ano no cargo.
Da mesma forma, no ato de solidariedade realizado no Atomium por Puentes de Amor Bélgica, ele expressou a proximidade do 60º aniversário da Ordem Executiva 3447, assinada em 3 de fevereiro de 1962 pelo então presidente John F. Kennedy para oficializar a entrada em vigor do cerco, embora a agressividade e as ações hostis tenham começado desde o triunfo da Revolução, em 1959.
Mais de 60 anos depois, essa política continua intacta, e temos que denunciá-la publicamente em todos os espaços e por todos os meios, ressaltou.
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