Nenhum país tentou impor restrições tão amplas contra uma economia tão grande quanto a da Rússia antes, dizem os autores do artigo publicado no sábado.
Em sua opinião, tais medidas levarão à desordem nas economias dos países desenvolvidos, especialmente os europeus, o que causará a desestabilização do sistema financeiro global.
O influente veículo reconheceu que tais ações podem levar a uma forte resposta de Moscou. Outro jornal estadunidense, The Wall Street Journal, disse na sexta-feira que as restrições propostas atingiriam bancos estatais, exportações de alta tecnologia e transações de dívida soberana.
Citando seus funcionários do governo, ele enfatizou que, por enquanto, os Estados Unidos não estão considerando impor sanções às exportações de petróleo e gás natural da Rússia, ou excluir o país eurasiano do sistema de pagamentos internacionais Swift.
Em 17 de janeiro, o jornal alemão Handelsblatt noticiou, citando fontes do governo, que Washington e a União Européia descartaram desconectar os bancos russos do sistema Swift como uma opção para possíveis sanções. No entanto, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou mais tarde que nenhuma das opções foi descartada e que o fechamento de bancos no sistema Swift era possível no caso de um novo aumento das tensões em torno da Ucrânia.
Para o líder da União Democrática Cristã (CDU) da Alemanha, Friedrich Merz, a Europa cometerá um erro se tentar desconectar a Rússia desse sistema internacional de pagamentos, declarou em entrevista à agência Welt.
“Se desconectarmos a Rússia do Swift, há um grande perigo de que esse sistema entre em colapso e teremos que mudar para o sistema de pagamento chinês. Ao fazer isso, nos prejudicaremos seriamente”, disse ele.
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