Neste 3 de fevereiro, quando há 60 anos o ex-presidente norte-americano John F. Kennedy proferiu a ordem executiva que oficializou o bloqueio a Cuba, o diplomata lembrou que as medidas de Washington contra a nação antilhana começaram muito antes, desde os primeiros momentos da revolução começou em 1º de janeiro de 1959.
Em declarações exclusivas à Prensa Latina, Garmendía destacou que a Rússia sempre denunciou o cerco econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra a nação antilhana e em cada sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas Moscou volta a votar ao seu lado e junto a maioria do mundo contra essa política.
Ele ressaltou que em 19 ocasiões consecutivas a Duma do Estado russo (Câmara Baixa do Parlamento) aprovou por unanimidade resoluções contra o bloqueio e a hostilidade de Washington em relação à ilha, à qual também se juntou posteriormente o Conselho da Federação (Senado).
Ao mesmo tempo, destacou o apoio constante de todos os movimentos e organizações de solidariedade com Cuba na Rússia na luta contra o bloqueio dos EUA e diante das tentativas de Washington de destruir a Revolução e o socialismo na maior das Antilhas.
Em declarações recentes a esta agência de notícias, o representante de Havana em Moscou denunciou que o bloqueio constitui uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos de homens e mulheres cubanos”.
Ele alertou que a rejeição internacional a essa política ficou evidente na última votação na ONU sobre o projeto de resolução Necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba, na retomada da 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Ele lembrou que há 29 anos consecutivos a maioria dos países do mundo condena consistentemente a hostilidade de Washington em relação à nação antilhana e que em 2021 a resolução cubana obteve o apoio de 184 votos, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções.
Garmendía sublinhou a natureza desumana do cerco dos EUA à ilha, que, segundo ele, se agravou e se tornou mais cruel em meio às restrições causadas durante o último ano pela pandemia do Covid-19.
Ele destacou que o governo dos EUA usou essa política, e em particular seu componente extraterritorial, para privar deliberadamente o povo cubano de ventiladores pulmonares mecânicos, máscaras, kits de diagnóstico, entre outros suprimentos essenciais para combater a pandemia.
Ele destacou que, apesar das medidas unilaterais da Casa Branca em relação a Cuba, o país enfrenta o Covid-19, desenvolve com sucesso suas próprias vacinas para combater a doença e seus profissionais de saúde ajudam na luta contra o coronavírus SARS. -CoV-2 em mais de 50 países.
“O bloqueio constitui o sistema mais injusto, severo e prolongado de medidas coercitivas unilaterais que foi aplicado contra qualquer país e continua a representar um freio ao desenvolvimento de todas as potencialidades da economia cubana”, disse o embaixador da ilha em Moscou. .
mem/mml/jcfl