Os comentários do oficial vieram em resposta a uma pergunta da imprensa sobre o protesto do Japão contra os exercícios de tiroteio planejados pela nação eurasiática na área das Ilhas Kuril.
“Estamos dando continuidade ao processo de desenvolvimento de nossas forças armadas e realizando exercícios em todo o território do país, incluindo o Extremo Oriente russo. De forma alguma estes exercícios devem ser motivo de preocupação para nossos vizinhos”, disse ele, de acordo com a agência de notícias Sputnik.
O porta-voz do governo japonês Hirokazu Matsuno disse numa entrevista coletiva na segunda-feira que o Japão havia protestado em Moscou sobre o próximo treinamento militar perto das Ilhas Kuril do Sul.
Em declarações posteriores, Matsuno disse que o fortalecimento da presença russa nos territórios do norte – como o Japão chama o arquipélago do Kuril Sul – é inaceitável e contradiz as posições do governo japonês sobre a propriedade das ilhas.
Tóquio condicionou a assinatura de um tratado de paz com a Rússia, que está pendente desde 1945, à recuperação das ilhas Iturup, Kunashir, Shikotan e Habomai, que são os chamados “territórios do norte” para os japoneses.
A nação asiática defende sua posição utilizando como argumento o Tratado Bilateral de Comércio e Fronteiras, assinado com a Rússia em 7 de fevereiro de 1855.
Enquanto isso, Moscou reitera que esses territórios foram transferidos para a União Soviética por acordos internacionais no final da Segunda Guerra Mundial e que a Rússia assumiu a soberania sobre eles como o sucessor legal da ex-URSS.
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