Após o relatório provisório dos resultados das eleições Costa Rica 2022, realizado neste domingo, que o TSE manteve desde ontem à noite até o meio-dia de hoje, seus magistrados vão agora iniciar o escrutínio manual de cada um dos votos emitidos nas urnas habilitadas em todo a geografia nacional e 42 outros países.
O vigésimo quarto e último corte preliminar do TSE, analisando 88,20 por cento (6.039) das 6.847 Mesas Receptoras de Votos (JRV), dá o vencedor do primeiro turno das eleições gerais ticas ao ex-presidente José María Figueres (1994-1998), com 27,26% dos votos válidos.
Atrás ficou quem será seu candidato no dia 3 de abril no segundo turno, o candidato do Partido Progresso Social Democrático, Rodrigo Chaves, com 16,70%.
Em todas as pesquisas anteriores ao processo eleitoral de ontem, Chaves apareceu em quarto, quinto e até sexto lugar, mas as pesquisas disseram o contrário e agora ele é o rival do ex-presidente Figueres para a primeira magistratura da Costa Rica para o período 2022-2026.
Neste último corte, o abstencionismo é de 40,29 por cento, recorde para as eleições gerais desde 1953, superando os 35,3 por cento de ausência às urnas no processo eleitoral de 1958; 34,8% em 2006; e 34,3% a partir de 2018.
Embora muitos o atribuam ao Covid-19, já que a Costa Rica está no auge da quarta onda pandêmica devido à presença no país da “variante Omicron do SARS-CoV-2, que causa essa doença, a verdade é que também constitui uma punição dos eleitores contra os políticos e seus diferentes programas.
Exemplo disso, é que as maiores percentagens de ausentes nas urnas foram nas províncias costeiras, Puntarenas, Limón e Guanacaste, a primeira com mais de 50%, a segunda com mais de 49% e a terceira com quase 45%.
Isso está de acordo com uma visão generalizada de que esta nação centro-americana de sete províncias é dividida em duas, a Costa (Puntarenas, Limón e Guanacaste) e a Rica (San José, Heredia, Alajuela e Cartago), para destacar diferenças sociais e econômicas entre elas.
Como ainda não há resultados finais, ainda são preliminares os possíveis 57 membros do Legislativo costarriquenho, que assumirão seus cargos no próximo 1º de maio a 30 de abril de 2026, com a tarefa de aprovar ou rejeitar projetos de lei, reformas constitucionais e outros regulamentos, bem como nomear alguns cargos em outros poderes do Estado.
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