Neste contexto, os trabalhadores do Instituto Cubano de Arte e Indústrias Cinematográficas analisaram, na véspera, o projeto educativo e ético que se coloca à disposição do povo para fazer sugestões e compartilhar critérios.
O cinema 23 e 12 de Havana foi o palco desta troca, que teve como convidada a vice-presidente da União Nacional de Juristas de Cuba, Yamila González Ferrer, para esclarecer dúvidas atuais sobre o documento.
González Ferrer “agradeceu a participação dos presentes e destacou a importância de debater em todos os espaços possíveis porque discutir com respeito e empatia nos enriquece e traz novos argumentos”.
A legislação, que protege os direitos e garantias das famílias cubanas e sua heterogeneidade, se apresenta à sociedade para gerar alternativas e possibilidades que contemplem nossa atual realidade familiar: cada vez mais plural e diversa.
Segundo o especialista, o Código introduz novas figuras jurídicas, inclui mais variantes e reconhece e protege outros modelos de família (monoparental, homoparental e montado, entre outros) que existem para além da família nuclear tradicional.
Referiu-se também aos direitos concedidos a quem não os tem e à sua condenação de todas as formas de violência e discriminação porque em matéria de família nenhum caso é igual ao outro e todos temos direitos iguais e merecemos respeito.
Da mesma forma, a médica pediu aos participantes que o estudem em profundidade e não o deixem em um documento porque, segundo ela, a aspiração é conseguir um instrumento jurídico capaz de integrar todas as instituições cubanas.
O atual Código da Família em Cuba data de 1975, enquanto o novo projeto estará em consulta popular até abril próximo para que os habitantes da ilha possam propor modificações, eliminações ou acréscimos ao documento.
A versão final do texto resultante deste debate deverá ser aprovada pela Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento) e posteriormente submetida a referendo de toda a população.
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