Apontaram a OTAN, uma aliança militar ocidental e norte-americana, como a grande responsável pela situação que levou à entrada das tropas russas na Ucrânia, de acordo com o diário Folha de São Paulo.
O jornal disse que representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) afirmam que o expansionismo do Ocidente criou este contexto de guerra.
No site de redes sociais Twitter, o líder do PT Luiz Inácio Lula da Silva
lamentou que no século XXI, os países continuem a resolver seus problemas no campo de batalha em vez de na mesa de negociações.
Enfatizou, em consonância com seu partido, que a resolução de conflitos na política internacional deve ser sempre buscada através do diálogo.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, reagiu com descrença a uma publicação do presidente americano Joe Biden, segundo a Folha, perguntando-lhe se ele realmente acredita que seu país não teve nada a ver com o conflito depois que ele tentou fazer a Ucrânia aderir à OTAN.
A secretária de relações internacionais da PCdoB, Ana Prestes, também apontou diretamente para os Estados Unidos como um jogador-chave para minar qualquer possibilidade de uma solução diplomática para a crise.
Preferiram instigar e investir na beligerância através da OTAN, disse o militante comunista.
Desde o dia 14, o Fórum de São Paulo, que reúne vários partidos de esquerda latino-americanos, pediu em um comunicado o fim da agressão ocidental e americana contra a Rússia.
Hoje, em Moscou, o Ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov salientou que a Rússia continua aberta ao diálogo com todos os países em favor da justiça e do respeito aos princípios da Carta das Nações Unidas.
Lavrov disse que a operação militar lançada pelo Kremlin na Ucrânia tinha como objetivo “garantir a segurança do país e do povo russo”, de acordo com o site do serviço diplomático.
A Rússia lançou na quinta-feira uma operação militar na região autônoma de Donbass, na Ucrânia, após as autoridades das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), cuja independência foi reconhecida por Moscou, terem pedido ajuda para repelir a agressão de Kiev (governo da Ucrânia).
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