Isto foi sublinhado pela entidade uruguaia em seu quarto relatório sobre a busca de detentos que desapareceram durante a ditadura de 1973 a 1985.
O grupo, que faz parte do Conselho de Direitos Humanos, pediu ao governo que aceitasse visitar o Uruguai em novembro para observar e aconselhar sobre a busca da verdade e da justiça para 197 vítimas cujo destino ainda é desconhecido.
“De acordo com informações obtidas pelo Inddhh, o governo expressou reservas sobre as datas em uma primeira resposta e nunca respondeu a uma segunda comunicação reiterando o pedido”, disse o relatório.
Afirmou que também não teve sucesso em seus esforços para se encontrar com o Ministro das Relações Exteriores Francisco Bustillo “para discutir o acesso a certas coleções documentais”, e mais tarde para explicar a importância da visita da equipe da organização mundial na busca das pessoas acima mencionadas.
A Associação de Mães e Parentes de Uruguaios Detidos e Desaparecidos também tentou fazer o mesmo em uma carta dirigida ao chefe da diplomacia, na qual explicou que durante muitos anos manteve contato e trocou informações com o órgão da ONU em questão.
Argumenta que a visita solicitada de cinco especialistas independentes constitui uma fonte “de experiência e conhecimento sobre as técnicas necessárias para abordar a questão do desaparecimento forçado, que só pode produzir resultados positivos neste esforço”.
O grupo de lamentadores aponta o pessoal militar desativado dos anos de ditadura, aposentado e cumprindo sentenças por crimes contra a humanidade, como possuidores de informações relacionadas ao terrorismo de Estado que mantêm um pacto institucional militar de silêncio.
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