Em um evento realizado na Casa de América, em Madri, foi divulgada a lista de candidatos aos prêmios criados para promover esse apreciado gênero cinematográfico, que no ano passado homenageou o falecido cineasta cubano Juan Padrón.
Brasil, Chile e México, com seis trabalhos cada, são os países mais representados entre os finalistas, seguidos de perto pela Espanha com cinco candidatos.
Entre os finalistas estão também obras da Argentina, Peru, Colômbia, Uruguai, Equador, Portugal e, pela primeira vez, da República Dominicana e Venezuela.
Os vencedores receberão as suas distinções no dia 14 de maio numa cerimónia que terá lugar pelo segundo ano consecutivo em San Cristóbal de La Laguna, na ilha de Tenerife, Ilhas Canárias.
Dos finalistas, destacam-se alguns já reconhecidos internacionalmente, que concorrem aos Óscares ou que foram selecionados e premiados em festivais internacionais como o prestigiado de Annecy, França.
O filme brasileiro “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos De Gente” e o curta chileno “Bestia” são os trabalhos que somam mais indicações (quatro cada). Seguido pela série mexicana “Sustos ocultos de Frankelda” e o longa-metragem peruano “Ainbo, la guerrera del Amazonas”, com três e duas indicações, respectivamente.
O júri do Quirino Awards é composto por Sebastian Debertin (KiKA, Alemanha), Magdiela Hermida Duhamel (LatinX in Animation, Estados Unidos), Zofia Jaroszuk (Animoon, Polônia), Kenneth Ladekjær (Sun Creature Studio, Dinamarca) e Hernán La Greca (diretor criativo e desenvolvedor de conteúdo, Estados Unidos).
Todas as obras selecionadas na categoria Melhor Longa-Metragem – a única com quatro finalistas – são filmes de estreia e metade é brasileira: “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente”, filme em stop motion dirigido por Cesar Cabral e baseado no mítico personagem punk criado pelo cartunista Angeli, e “Meu Tio José”, dirigido por Ducca Rios e ambientado nos últimos anos da ditadura brasileira.
Outros finalistas desta secção são “Valentina”, filme do produtor e realizador galego Chelo Loureiro, distinguido com o Prémio Goya 2022 de melhor filme de animação; e o peruano “Ainbo la guerrera del Amazonas” de José Zelada e Richard Claus.
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