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Nenhum sinal de mudança na política dos EUA em relação a Cuba

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Nenhum sinal de mudança na política dos EUA em relação a Cuba

Por Isaura Diez Millán

Havana, 18 mar (Prensa Latina) A reabertura de alguns serviços consulares na Embaixada dos EUA aqui não representa um sintoma de mudança na política do governo dos EUA em relação a Cuba, sublinhou hoje um acadêmico.

Falando à Prensa Latina, Ernesto Domínguez, investigador do Centro de Estudos Hemisféricos e dos EUA em Havana, disse que era uma medida sem custos para Washington no período que antecedeu as eleições legislativas.

“Por um lado, existe agora um acordo absoluto entre as agências estadunidenses de que não houve um alegado ataque sônico aos diplomatas em Havana”, disse ele.

Em 2017, este falso argumento foi utilizado pelo então presidente republicano, Donald Trump, para desmantelar a embaixada em Washington e adotar 243 medidas adicionais ao bloqueio imposto à ilha.

Segundo Domínguez, a atual administração democrata não reconheceu a invalidade desta teoria porque existem interesses políticos por detrás dela e os afetados têm feito lobby para exigir uma compensação pelos incidentes de saúde.

“Assim, querem manter a dualidade dos serviços de restauração e, ao mesmo tempo, não descartar os critérios que têm sido utilizados sobre os alegados ataques sônicos”, acrescentou ele.

Na opinião do perito, outro elemento a ter em conta é a pressão exercida pelos cubano-americanos que querem deslocar os seus parentes e pedir para tornar viável o fluxo migratório.

“Estamos nos aproximando das eleições de meio de período de 2022, que deverão ser muito disputadas devido à perda do apoio à atual administração, e eles estão em busca de formas de atrair os eleitores, especialmente no importante estado pêndulo da Florida”, disse ele.

Por outro lado, a retomada dos serviços da embaixada permite também restabelecer parte das funções interrompidas e manter um nível de presença em Cuba.

O investigador salientou que a Casa Branca persiste no seu discurso sobre alegadas violações dos direitos humanos na ilha e mantém as medidas coercivas unilaterais de Trump.

Domínguez recordou que Cuba ainda representa um incômodo para os interesses de predominância na cena internacional que Washington defende, no meio da crise interna que o país norte-americano está atravessando.

“Os Estados Unidos demonstraram a sua incapacidade para atrair aliados e estabelecer alianças com outros países em busca de cooperação sem este significado de completa subordinação política”, acrescentou o especialista.

No que diz respeito a Cuba – salientou – a política de Estado desse país tem uma história muito longa ligada à ideia de manter ou recuperar o controle sobre a ilha com base em critérios geopolíticos.

oda/idm/vmc

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