Apesar disso, permanece enraizado na cultura deste país centro-americano desde o final do século XVIII, quando chegou das Antilhas, e hoje é a principal bebida consumida pelos costarriquenhos, a qualquer hora do dia e quase sempre acompanhado por uma variedade de pães doces.
Embora com diferentes métodos de elaboração, o mais tradicional e apreciado pelos Ticos é o gotejamento.
Isto é obtido filtrando a água fervente através de uma quantidade de pó do grão aromático em um coador de pano, depositado em uma moldura de madeira, que também é estampada com um selo especial, graças a vários desenhos.
A mistura é diluída, diferente da usada em outras regiões das Américas e do mundo, onde a preferem bem forte, de que os cubanos são um bom exemplo.
Embora menos intenso, o café Tico consegue conquistar os apreciadores do tipo espresso, pois o chamado “grão dourado” desta nação é de alta qualidade, reconhecido internacionalmente tanto por sua Indicação Geográfica Protegida quanto por sua Denominação de Origem Protegida.
O café Tarrazú pertence a este último grupo, produzido na região de Los Santos, também conhecida como Vale dos Santos, um grande setor de uma série de vales entre montanhas nos cantões de Tarrazú, Dota e León Cortés, na província da capital, San José.
Precisamente, e por proposta dos alunos da Escola San Rafael de Dota por sua importância no desenvolvimento econômico, social e cultural do país, o café entrou em julho de 2020 como o décimo quinto símbolo nacional.
Tal é a fama do produto produzido em Los Santos, que em várias ocasiões o Papa Francisco o descreveu como “o melhor do mundo”, como fez em fevereiro de 2017, quando teve um encontro em Roma com os bispos costarriquenhos, que o presentearam com vários tipos.
Uma das razões para o crescente prestígio internacional do café costarriquenho é que mais de 70% da produção é obtida de forma sustentável, em plantações com alta diversidade biológica e com baixa aplicação de agroquímicos. (Retirado de Orbe)
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