Disse isso em entrevista exclusiva à Prensa Latina, cuja sede visitou, e onde descreveu a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos como um grupo único por seus princípios de unidade e integração.

Llorenti destacou que o bloco comemorará seus primeiros 20 anos em 2024, depois de ter nascido como uma cerca “contra a pretensão imperial de impor a Alca”.

Ele lembrou que a aliança promovida anteriormente por Fidel Castro e Hugo Chávez foi finalizada posteriormente para enfrentar outras investidas de dominação de Washington sob a Doutrina Monroe, que está prestes a completar 200 anos.

A mesma data guarda a doutrina bolivariana e marciana que nos orienta, destacou, e que disse ter sido fortalecida com a contribuição de outros líderes da região, entre os quais citou Ralph Gonzalvez, Rafael Correa e os presidentes Miguel Díaz-Canel, Nicolás Maduro e Daniel Ortega.

A ALBA-TCP não se subordina aos padrões de uma ordem internacional injusta e busca uma ordem justa, equitativa e equilibrada, reiterou. Por isso, insistiu, é um ponto de referência para superar tantas injustiças.

Como balanço do que foi alcançado nestes anos, mencionou que quatro de seus países membros se declararam livres do analfabetismo.

Também milhões de pessoas, mesmo de outras nações, recuperaram a visão através da Operação Milagre.

O ex-ministro e diplomata boliviano garantiu que os países do bloco estão entre os que enfrentaram a pandemia de Covid-19 com melhores resultados.

A esse respeito, lembrou que o Banco da ALBA financiou a compra de imunógenos, enquanto a companhia aérea venezuelana Conviasa os transportou em uma ponte humanitária junto com brigadas médicas organizadas por Cuba, que também criou e compartilhou suas próprias vacinas.

São benefícios paradigmáticos para além das nações participantes: Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua Bolívia, Antígua e Barbuda, Dominica, São Vicente e Granadinas, Granada e São Cristóvão e Nevis, disse.

Em seu relato, Sacha Llorenti denunciou as agressões dentro do bloco com a tentativa de golpe na Nicarágua, o golpe de Estado na Bolívia e a permanente hostilidade contra Cuba e Venezuela. Em todos esses casos, nossos processos políticos e os povos triunfaram. Isso só pode ser alcançado quando estivermos do lado da verdade, diante do bombardeio midiático, tanto na mídia quanto nas redes sociais, ressaltou.

É, reconheceu, um dos principais desafios em tempos que qualificou de obscurantismo, num cenário em que elogiou o papel da Prensa Latina e da emissora multiestatal Telesur “no dizer a verdade, enfrentar mentiras e campanhas de demonização.”

Llorenti conversou com a Prensa Latina no final de uma visita de trabalho a Cuba que descreveu como frutíferas, “tarefas concretas”, na qual se reuniu com o presidente Miguel Díaz-Canel e outros representantes do governo e da sociedade antilhana.

Explicou que em Havana discutiu a concretização de várias das linhas de trabalho adotadas na última cúpula da aliança, que buscam promover a produção de alimentos e fortalecer a soberania alimentar.

Também o desenvolvimento de medicamentos, para fortalecer o setor produtivo, a cultura e outros projetos cujos resultados prometeu anunciar na época.

Ele disse que o presidente cubano o encorajou a relançar os Jogos da ALBA, como “um cenário para a integração de nossos povos”.

Sentimo-nos muito apoiados pela vontade de Cuba de continuar fortalecendo a aliança. Cumprimos os objetivos e vamos voltar, concluiu.

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