O presidente, Luis Abinader, assegurou no dia anterior que está disposto a levar o conflito aos tribunais internacionais e o país se recusa a receber o medicamento contratado em 2020 de uma vez.
Abinader afirmou que o laboratório não cumpriu os prazos de entrega das vacinas e agora pretende enviá-las no momento em que expiram milhares de doses devido ao desinteresse da população em completar o calendário vacinal.
A empresa britânica “não cumpriu os prazos, então mais tarde quer entregar todas as vacinas de um vez, sendo que elas expiram em seis meses”, disse o presidente.
Em 30 de outubro de 2020, foi assinado o referido acordo para adquirir 10 milhões de unidades a um custo de 40 milhões de dólares, dos quais o setor privado contribuiria com o primeiro pagamento de oito milhões de dólares.
Do que foi contratado, a República Dominicana recebeu menos de 900.000 doses e, posteriormente, o país começou a receber milhões da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, com o qual as autoridades de saúde conseguiram lançar em massa o Plano Nacional de Vacinação.
As vacinas começaram a expirar em dezembro, quando o Ministério da Saúde Pública informou que 354.240 expiraram, a maioria da Astrazeneca e cerca de 300.000 unidades expiram nesta terça-feira.
O Gabinete de Saúde tentou doá-las a outras nações, mas nada se concretizou porque em outros países os cidadãos mostram o mesmo desdém pela vacinação, segundo o ministro da Saúde Daniel Rivera.
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