O também chefe da delegação de Moscou nas negociações com Kiev, também informou em seu canal Telegram que as negociações continuam nesta sexta-feira em formato de videoconferência.
Entre as condições exigidas por Moscou desde o início das negociações estão o reconhecimento da reunificação da República da Crimeia com a Rússia e as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, com suas fronteiras de 2014.
A última rodada de consultas ocorreu em 29 de março pessoalmente na cidade turca de Istambul, uma reunião que foi descrita como positiva pelo lado russo. Medinski salientou que as propostas apresentadas por Kiev durante a reunião contêm disposições sobre a renúncia da Ucrânia à adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e às armas nucleares, bem como a fixação do seu estatuto de país não alinhado.
Renuncia também à produção e implantação de todo tipo de armas de destruição em massa, inclusive químicas e bacteriológicas.
O documento também inclui a recusa do país em aderir a blocos militares, a proibição de colocar bases militares estrangeiras, contingentes e realizar exercícios militares em território nacional sem o consentimento dos estados garantidores, incluindo a Rússia.
Ele prevê que Kiev abrirá mão da possibilidade de recuperar a Crimeia, Sebastopol e Donbass por meios militares, embora assegure que manterá negociações bilaterais com Moscou sobre o assunto.
De acordo com o texto, a Rússia, por sua vez, não se oporia às aspirações da Ucrânia de ingressar na União Europeia.
Medinski esclareceu que o Kremlin apresentará suas propostas depois de estudar as de Kiev e previu que ainda há um longo caminho a percorrer para preparar um acordo que seja aceitável para ambas as partes.
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