Neste dia de eleições presidenciais, legislativas e locais, o candidato oficial espera obter 126 assentos na legislatura e dois milhões de votos para o Partido Progressista Sérvio (SNS).
Mas dias atrás, o ministro do Interior, Aleksandar Vulin, alertou que as forças políticas nacionais pró-ocidentais e aqueles que os ajudam do exterior procuram boicotar o processo.
Os protestos seriam como os que começaram em 2013 na Praça Maidan, na Ucrânia, para defender a aproximação daquele país com a União Europeia (UE) e distanciá-lo da influência russa, disse Vulin à agência de notícias Tanjung.
A verdadeira razão para negar os resultados das eleições e impedir a formação de um governo legítimo não é a dúvida sobre a limpeza do processo, mas sim a atitude do governo sérvio em relação à “crise ucraniana”, afirmou o ministro.
Mas de acordo com as pesquisas, o atual presidente, Aleksandar Vucic, ganhará a votação com maioria absoluta.
A verdadeira razão, continuou Vulin, não é a eleição, mas que Vucic se recusa a introduzir sanções contra Moscou e se opõe a que a Sérvia seja cúmplice de qualquer poder.
Maidan é “o lugar onde os ucranianos perderam sua democracia” e onde “as organizações nazistas derrubaram o poder legitimamente eleito”, continuou o ministro do Interior, referindo-se ao golpe contra o então presidente Viktor Yanukovych.
Este país balcânico, candidato à adesão à UE, não concordou em aderir às sanções ocidentais e ao mecanismo regional contra Moscou após a operação militar especial implantada pelo Kremlin na Ucrânia.
Os eventos na Praça Maidan citados por Vulin e que culminaram na derrubada de Yanukovych foram o prelúdio de oito anos de perseguição do executivo de Kiev contra os territórios do Donbass.
Em fevereiro passado e atendendo a um pedido dos governos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, Moscou enviou suas tropas para lá com o objetivo declarado de desnazificar e desmilitarizar o país.
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