Fontes próximas ao Partido dos Trabalhadores (PT) indicaram que Lula e outros dirigentes da organização vão jantar esta noite com um grupo de senadores que o apoiam.

Renan Calheiros, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro, Omar Aziz (Partido Social Democrata (PSD), Acir Gurgacz (Partido Democrático Trabalhista) e Katia Abreu (Partido Progressista) estarão presentes.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede de Sustentabilidade), trata-se de “um jantar simbólico, de uma frente ampla para derrotar (o presidente Jair) Bolsonaro”. O almoço será na casa do ex-senador Eunício Oliveira.

Depois de Brasília, onde receberá uma homenagem dos povos indígenas durante a semana, Lula seguirá para Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais (sudeste), para conversar com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que disputará a eleição contra o governador Romeu Zema.

Segundo a assessoria do ex-presidente, Lula ainda vai viajar para sete estados até o final de maio. Além do Distrito Federal e Minas Gerais, participará de eventos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Pará e Amazonas.

O ex-líder trabalhista completará sua turnê após a nomeação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para o cargo de vice-presidente da chapa petista ter sido oficializada na semana passada.

“É o companheiro Lula que reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a amplitude que lhe permita enfrentar e derrotar Bolsonaro (os simpatizantes de Bolsonaro)”, diz um fragmento da carta entregue pelo PSB ao PT.

Durante o ato em um hotel em São Paulo, Alckmin afirmou que não é momento de terrorismo, mas de generosidade, grandeza política, distanciamento e união.

“A política não é uma área solitária, a força da política é centrípeta, vamos unir forças para reconstruir nosso país”, disse.

Lula confirmou posteriormente que o PSB participará do processo de formulação do plano de seu futuro governo.

“É importante saber que essa chapa, se for formalizada, não é apenas para disputar as eleições. Talvez vencer as eleições seja mais fácil do que a tarefa que temos pela frente de recuperar este país”, disse o candidato presidencial do PT.

Até hoje, Lula lidera todas as pesquisas de opinião referentes à votação de 2 de outubro em que Bolsonaro pretende ser reeleito.

Sua intenção de voto foi reforçada desde que ele recuperou seus direitos políticos em março de 2021, depois que um juiz do Supremo Tribunal Federal anulou todas as suas condenações.

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