“Isso é algo que nosso Exército se absteve de fazer até agora”, destacou o porta-voz da entidade militar, major-general Igor Konashénkov.
O alto chefe militar informou este sábado que o Exército russo atacou com mísseis guiados de longo alcance as instalações de uma fábrica de reparação de veículos blindados naquela capital.
Nesta quinta-feira, um helicóptero Mi-8 ucraniano atacou civis na cidade de Klímovo, na região russa de Briansk, causando oito feridos, incluindo uma mulher grávida e uma criança, que teve que ser levada em estado grave para um hospital em Moscou.
Nesse mesmo dia, o governador da região russa de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, relatou dois ataques naquele território por forças de Kiev.
Em 11 de abril, aquele território estabeleceu o protocolo de alto nível de ameaça terrorista (amarelo), após um ataque de morteiro que causou a morte de uma pessoa e vários feridos. A República da Crimeia e Kursk fizeram o mesmo nos últimos dias, diante da possibilidade de novas ameaças.
Sobre o desenvolvimento da operação militar russa na Ucrânia, o presidente Vladimir Putin comentou na terça-feira passada que muitas vezes lhe perguntam se é possível agir mais rápido.
“Sim, pode. Depende da intensidade das operações. Mas a intensidade das operações de combate, infelizmente, leva a um aumento de baixas”, ressaltou.
Ele esclareceu que a prioridade é atingir os objetivos minimizando as perdas. “É por isso que vamos agir de forma rítmica e calma, seguindo o plano traçado desde o início pelo Estado-Maior” das Forças Armadas russas.
Explicou que o avanço das tropas até agora estava ligado à necessidade de conter as forças e destruir as infra-estruturas bélicas de Kiev de forma a criar condições para ações mais ativas de libertação do Donbass.
Putin enfatizou que o objetivo da operação é ajudar as pessoas que vivem naquele território, com ligação complicada com a Rússia, que foram submetidas a genocídio por oito anos.
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