Sou obrigado a enviar seu caso ao Secretário de Estado, disse o juiz do Tribunal de Westminster a Assange durante uma audiência oral no tribunal de Londres na quarta-feira.
Em 14 de março, o Tribunal Superior do Reino Unido negou ao jornalista australiano permissão para apelar de uma decisão do Tribunal Superior de Londres que o tem à beira de ser entregue aos Estados Unidos, onde ele poderia enfrentar até 175 anos de prisão por 17 acusações de espionagem.
A defesa de Assange terá agora até 18 de maio para recorrer de qualquer decisão da Sra. Patel em favor da extradição.
Espero que a Sra. Patel se oponha porque este é um caso muito importante para a liberdade de imprensa no mundo inteiro”, disse ao Prensa Latina o ex-líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn.
O veterano político, que se juntou ao grande grupo de pessoas que se reuniram fora do tribunal para exigir a libertação do fundador do WikiLeaks, lembrou que os Estados Unidos querem julgá-lo por expor os crimes de guerra cometidos pelos militares americanos no Iraque e no Afeganistão.
A prática do jornalismo não é um crime, reiterou Corbyn, após apelar para uma redobrada solidariedade internacional com o ciberativista, que está preso em uma prisão londrina desde que o governo equatoriano retirou, em 2019, o asilo político concedido a ele sete anos antes e permitiu que a polícia britânica o prendesse dentro da embaixada nesta capital.
A esposa de Assange, Stella Moris, disse, enquanto isso, que tanto Patel quanto o Primeiro Ministro Boris Johnson podem acabar com a provação de seu parceiro, e ordenar sua libertação sob o Artigo 4 do tratado Reino Unido-EUA que proíbe a extradição por razões políticas.
Se entregue aos EUA, Assange poderia enfrentar até 175 anos de prisão por 17 acusações de espionagem.
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