Sob o título Rosa você, melancolia. México em Nicolás Guillén, o painel explorará a ligação entre o autor e aquela nação nas mãos dos especialistas Waldo Leyva, Norberto Codina, Leonardo Sarría e Félix Julio Alfonso.
O espaço está inserido entre as propostas das Ediciones Sensemayá, pertencente à Fundação Nicolás Guillén, que apresenta nesta ocasião do festival de letras os títulos La Rueda entada, El Diario que a Diario e Epigramas y otros provocaciones.
Oitenta e cinco anos após a primeira viagem do escritor e jornalista a essas terras norte-americanas, o encontro nos convida a explorar o impacto de sua cultura na obra de Guillén, pois ali publicou dois de seus livros fundamentais: Cantos para soldados e sons para turistas, Espanha, poema em quatro angústias e uma esperança.
Do seu primeiro contato, que remonta a 19 de janeiro de 1937, nasceram as experiências emanadas do Congresso da Liga de Escritores e Artistas Revolucionários do México, onde conheceu Octavio Paz, Silvestre Revueltas, José Mancisidor, Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, entre outros criadores.
Na opinião dos especialistas, o primeiro país visitado por Guillén marcou seu trabalho posterior dentro das letras latino-americanas, com uma obra marcada pela poesia negra, seu ativismo político, além de outras facetas que o distinguem como adorador de uma literatura, crítica e necessária.
Tanto o painel quanto a apresentação dos textos fazem parte das atividades para homenagear os 120 anos do nascimento do Poeta Nacional, dia que acontece no país caribenho até 10 de julho, a partir das filiais da Fundação nas diferentes províncias.
Entre essas propostas, destaca-se a décima terceira edição do Colóquio e Festival Nicolás Guillén, que acontecerá em sua cidade natal, Camagüey, e evocará a visita do poeta ao Haiti há oito décadas, abordando as relações entre raça, nação e sociedade.
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