“Temos que mudar o rumo da história e essas eleições (de outubro) são uma oportunidade para definir o Brasil que queremos. Vamos dizer a todos que conhecemos que tem mais de 16 anos e não tem título: não entre na onda do ( Presidente Jair) Bolsonaro”, disse Lula em encontro com jovens do bairro de Heliópolis, em São Paulo.

Convidou a não comprar fuzil ou pistola, “não precisa comprar bala, não precisa comprar arma. Tire o título de eleitor e atire nos bandidos para que possamos mudar a história desse país”, insistiu.

Ele explicou que se os jovens não participam da política, é difícil mudar e fazer melhorias chegarem a comunidades como Heliópolis, considerada a maior favela de São Paulo, assim como toda a cidade.

“Se o jovem não se mobilizar aos 18 anos, se não tiver vontade, é muito difícil mudar de país. participar da democracia”, enfatizou.

Ele pediu aos jovens que prestem atenção aos deputados, em quem votarão para não eleger as raposas para cuidar do galinheiro, caso contrário “comem as galinhas”.

O fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) também defendeu que o Estado deve criar oportunidades e garantir que todos tenham o direito de estudar.

Ele lembrou os avanços do Brasil durante os governos petistas, com um grande processo de inclusão social e redução das desigualdades.

A falta de consciência política, segundo Lula, leva a eleições equivocadas como as últimas presidenciais de 2018 que levaram ao poder um presidente como Bolsonaro sem qualidade moral, que estimula o ódio e a discórdia e consegue enganar, com mentiras.

“O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado moralmente. Um cara que não fala de emprego, educação, cultura, ciência e tecnologia, escola técnica, não fala de educação para jovens, não fala de nada, alimenta o ódio que ele e sua família espalham todos os dias por meio de notícias falsas”, disse ele.

Durante o encontro organizado pelo Sindicato dos Núcleos, Associações de Moradores de Heliópolis e Região, representantes da comunidade falaram sobre a realidade local e a importância das políticas sociais dos governos Lula (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016) para a melhoria de vida e a inclusão.

Reabilitado na política após recuperar seus direitos em março de 2021, o ex-líder trabalhista buscará um terceiro mandato nas eleições de outubro depois de cumprir 580 dias de prisão e ter suas sentenças anuladas.

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