“Somos inclusivos, não exclusivos”, disse Sobange em entrevista à Prensa Latina ao se referir ao bloco regional formado por 25 nações com a costa do Mar do Caribe do México ao Suriname e todas as do arco caribenho, mais 10 associados.
“Qualquer evento regional deve incluir todos, somos parte do continente, da Grande América, e ainda mais se for um fórum continental; portanto, todos os países devem participar desse encontro”, disse ele, referindo-se à Cúpula das Américas agendada para 6 a 10 de junho em Los Angeles.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reiterou recentemente a denúncia de Havana sobre a intenção do governo dos Estados Unidos de excluir a ilha, assim como a Nicarágua e a Venezuela, desse grande evento.
“Os EUA continuam dando sinais de que estão organizando uma Cúpula seletiva sem todos os países do hemisfério”, escreveu o chefe de Relações Exteriores em sua conta no Twitter.
Na opinião do chanceler, com esta decisão Washington procura evitar “uma análise verdadeiramente séria dos problemas que repercutem na vida de milhões de pessoas que vivem nesta parte do mundo”, atitude que responde às motivações políticas e à dupla padrões em sua abordagem a Cuba, enfatizou.
O subsecretário de Estado dos EUA, Brian Nichols, confirmou que os Estados Unidos excluirão Cuba, Venezuela e Nicarágua da Cúpula das Américas, apesar de os apelos ao continente para realizar um evento inclusivo.
Sabonge visitou Cuba nos últimos dias para começar a coordenar a Conferência de Cooperação da ACS, mais toda a sua, prevista para novembro em Havana, reunião à qual o bloco atribui grande importância em um momento em que a região enfrenta os desafios da recuperação.
“Só através da colaboração internacional conseguiremos avançar face aos desafios que enfrentamos”, salientou o secretário-geral da ACS.
Ao expor a posição da Comunidade do Caribe, o Primeiro-Ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, por sua vez, ratificou o apoio dos países da Caricom a uma Cúpula das Américas sem exclusões.
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