A declaração do diplomata responde às declarações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que condicionou a retomada das negociações de paz ao retorno da Rússia às suas posições anteriores a 24 de fevereiro e à retirada de suas tropas.
“Nesse sentido, dificilmente podemos avaliar esta declaração de Zelensky como construtiva”, disse Rudenko.
Ele também lembrou que Kiev participou ativamente das negociações praticamente desde o primeiro dia da operação militar especial e não impôs nenhuma condição.
“Se eles agora colocam condições aqui, isso nos faz duvidar da sinceridade de seu desejo de encontrar uma solução pacífica”, disse o vice-chanceler.
Anteriormente, o presidente ucraniano declarou em entrevista à rede japonesa NHK que Kiev se sentaria à mesa de negociações com Moscou depois de devolver seus territórios perdidos quando a operação militar começou.
Em 23 de maio, Rudenko afirmou que seu país está pronto para retomar as negociações com a Ucrânia assim que Kiev mostrar uma postura construtiva e responder às propostas de Moscou.
A Rússia iniciou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk solicitaram ajuda para repelir o aumento da agressão e os intensos bombardeios de Kiev.
Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.
Em seu discurso para informar sobre o início da operação, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o objetivo é proteger a população de Donbass dos abusos e genocídio de Kiev durante os últimos oito anos, além de “desmilitarizar” e “desnazificar” Ucrânia.
oda/odf / fav