De acordo com o estudo publicado na revista Science, tratam-se de hidrotrióxidos (ROOOH) que se formam durante a decomposição atmosférica de várias substâncias conhecidas e amplamente emitidas, incluindo isopreno e sulfeto de dimetila.
Especialistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Estados Unidos, da Universidade de Copenhague, Dinamarca, e do Instituto Leibniz de Pesquisa Troposférica da Alemanha; Explicaram que esses compostos realmente se formam na atmosfera a partir de quase todos os compostos químicos e são surpreendentemente estáveis.
Eles também acreditam que os trióxidos podem penetrare em pequenas partículas transportadas pelo ar, conhecidas como aerossóis, que podem levar a doenças respiratórias e cardiovasculares.
Eles apontaram que há uma alta probabilidade de que os hidrotrióxidos afetem a quantidade de aerossóis produzidos.
“Os aerossóis refletem e absorvem a luz solar, isso afeta o equilíbrio térmico da Terra, ou seja, a proporção da luz solar que a Terra absorve e retorna ao espaço; quando absorvem substâncias, crescem e contribuem para a formação de nuvens, o que afeta o clima do planeta”, lembrou a coautora da pesquisa, Eva R. Kjaergaard.
Por sua vez, um dos pesquisadores, Kristan H. Moller, alertou que a maior parte da atividade humana leva à emissão de substâncias químicas na atmosfera e o conhecimento das reações determinantes desses processos pode prever como eles afetarão a atmosfera no futuro.
“A descoberta sugere que pode haver muitas outras coisas no ar que ainda não conhecemos. O ar ao nosso redor é um enorme emaranhado de reações químicas complexas”, acrescentou outro dos cientistas, Jing Chen.
Pesquisas anteriores especularam se trióxidos, compostos químicos com três átomos de oxigênio ligados e, portanto, ainda mais reativos que os peróxidos, também foram encontrados na atmosfera. A recente publicação na Science comprova as hipóteses de forma inequívoca.
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