Numa mensagem em cadeia nacional aos representantes da sociedade civil na ilha, privado por Washington de participar na reunião continental, o presidente salientou que o país do norte não é capaz de garantir direitos aos cidadãos no seu próprio território.
Ressaltou que os Estados Unidos equiparam a defesa da democracia com a promoção do capitalismo, quando na realidade são conceitos opostos.
O presidente comentou que existem lá mecanismos para “comprar governantes” e restringir votos.
Nos Estados Unidos também não há garantias para serviços essenciais de saúde, e a venda de armas tem prioridade sobre os direitos das crianças ou seu acesso à educação, disse ele.
Díaz-Canel destacou que nesse país o encarceramento de crianças e adolescentes tem números muito altos, assim como as manifestações de racismo e discriminação.
“Nos Estados Unidos, a promoção da democracia e dos direitos humanos são quimeras”, enfatizou.
O presidente insistiu que, mesmo com esse histórico, Washington se atreve a convocar uma cúpula sob o pretexto da democracia que ele descreveu como um show publicitário voltado para a política interna daquela nação.
Segundo as autoridades cubanas, o governo Joe Biden aproveitou sua condição de anfitrião do evento continental para excluir Cuba, Venezuela e Nicarágua, o que provocou um amplo debate e solidariedade diante dessa ação discriminatória.
O governo dos Estados Unidos, além disso, negou o processamento em Havana dos vistos de membros da sociedade civil cubana interessados em participar do evento, mas estão ali, em nome da ilha, pessoas vinculadas a projetos financiados pelos Estados Unidos.
A Cúpula, que começou na última segunda-feira na cidade de Los Angeles, tem sessões de alto nível marcadas para a próxima quinta e sexta-feira, mas ainda não se sabe quais representantes estarão presentes.
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