Em declarações à Prensa Latina, Odriozola explicou que neste contexto os mais de 800 projectos de desenvolvimento local (PDL) aprovados no país desempenham um papel importante e grande parte deles são produtivos, um elemento significativo para alcançar o esperado impulso económico.
Referimo-nos, disse, ao desenho de sistemas empresariais locais e sistemas alimentares locais, são PDLs que ajudam a articular todos os atores do território e a criar novas produções.
Em nível de país existe uma estratégia desenhada e, além disso, temos a Plataforma Articulada para o Desenvolvimento Integral (Padit) por meio da qual alguns desses PDLs podem até ser financiados.
O objectivo é que com uma máquina e investimento inicial continuem com o desenvolvimento da sua actividade, salientou. Um elemento essencial das estratégias municipais é o desenvolvimento económico e o tecido empresarial que as localidades têm, é um requisito essencial porque são elas que produzem e prestam serviços, explicou.
É preciso valorizar o desenvolvimento municipal de forma integral, refletiu, para avaliar se temos as pessoas certas para ajudar a desenvolver negócios e assessorar adequadamente novos projetos para se inserirem efetivamente na economia.
Mas em algumas localidades os diagnósticos e a estratégia de desenvolvimento local aprovados são gerais, por isso o Ministério pede que especifiquem suas propostas e quais ações podem tomar para alcançar o progresso pretendido.
Há municípios grandes e pequenos, com maior ou menor desenvolvimento, com mão de obra mais ou menos qualificada, e com base nessas realidades, deve-se avaliar e desenhar quais são suas limitações fundamentais e quais ferramentas possuem para resolvê-las.
Não só com as pessoas, mas também com os recursos territoriais e naturais ou a necessidade de articulação, porque por vezes os subprodutos de uma indústria tornam-se matéria-prima para outras, explicou o vice-ministro.
Nesse processo, acrescentou, está incluída a criação de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), um desafio para todos, e embora muitos tenham se reconvertido da figura dos trabalhadores autônomos, deve haver liderança dos governos locais a partir de suas estratégias para direcionar esses novos atores para as carências do território.
Passados nove meses, a criação de MPMEs poderá ser avaliada por vários ângulos, dos candidatos, do Ministério da Economia, dos órgãos e territórios, listou.
Alguns dos contratempos estão relacionados com procedimentos anteriores, algumas lacunas legais, questões que não foram avaliadas na perspetiva desta forma de gestão e, à medida que as MPME se desenvolvem, outras situações vão aparecendo resolvidas, reconheceu Odriozola.
Existem elementos positivos e negativos, em um sentido geral, há agilidade na aprovação de projetos e adiantamentos em empréstimos bancários, mas em certo sentido é necessário que os envolvidos conheçam a documentação mínima.
Da mesma forma, é importante encadear e avaliar como todos os atores territoriais podem ser articulados, sejam eles estatais, autônomos ou qualquer uma das formas de cooperativismo.
Como parte das atividades da II Conferência Econômica Produtiva Cuba 2022 -até 14 de junho-, realizam-se atividades e debates para identificar oportunidades e desafios para as MPMEs e demais atores econômicos que hoje convergem na sociedade cubana.
mem/tdd/glmv