De acordo com o canal CGTN, o estudo foi realizado por profissionais da Fudan University em conjunto com o Centro Nacional de Controle e Prevenção de Doenças e acompanhou 100 mil adultos deste país com mais de 18 anos durante nove anos.
Entre os resultados, eles descobriram que os riscos de doenças cardíacas aumentaram 9,3% entre aqueles que foram expostos a um aumento de 10 microgramas por metro cúbico na concentração do gás.
Esses indivíduos também eram mais propensos a ter isquemia e ataques cardíacos naquele órgão vital, enquanto aqueles com mais de 65 anos são os mais vulneráveis à poluição do ar causada pelo ozônio.
A China informou recentemente que desde o início de 2022 havia altas concentrações do gás em muitas cidades e descreveu o processo para controlá-lo como complexo, pois afeta a saúde, as colheitas e a infraestrutura.
Um funcionário do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente disse em entrevista coletiva que entre janeiro e abril, 339 grandes cidades do país relataram uma densidade média deste elemento de 127 microgramas por metro cúbico, ou seja, um aumento de 8,5 por cento em comparação com a mesma fase de 2021.
O aumento ultrapassou inclusive, 20% em lugares como Chengdu, Chongqing e outras grandes metrópoles ribeirinhas do rio Yangtze.
“A situação não é otimista. O ministério tem um caminho difícil pela frente quando se trata de controle”, disse a fonte, acrescentando que o ozônio é o principal poluente do ar durante o verão.
Nos últimos cinco anos, a China reduziu o nível de poluição do ar em muitas cidades para 40% por meio de medidas como o fechamento de usinas que operavam com carvão, restrições ao tráfego de veículos e uso de gás natural.
As PM2.5 absorvem os elementos responsáveis pela geração do ozônio e, quando abaixados, a presença do produto químico aumenta nos níveis mais baixos da atmosfera.
De acordo com as previsões, a situação vai piorar.
Respirar ar com alta concentração de ozônio é altamente prejudicial para asmáticos, crianças, idosos, atletas e quem trabalha ao ar livre.
Além disso, o fenômeno reduz a produção agrícola e atua como corrosivo nas fachadas das edificações.
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