O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, apresentará um relatório sobre a implementação da resolução 2334 de 2016, que indica que o estabelecimento de assentamentos israelenses constitui uma violação do direito internacional.
Da mesma forma, o documento destaca que a cessação de tais atividades é “essencial para salvar a solução de dois estados”.
O último relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre a implementação da resolução 2334 indica que o período de 19 de março a 16 de junho registrou o maior número de unidades de assentamentos israelenses desde outubro de 2020.
Segundo fontes diplomáticas, esta expansão de Tel Aviv no território palestino ocupado deve-se à decisão de 12 de maio das autoridades israelenses de aprovar planos para construir 4.000 unidades em vários locais da Cisjordânia.
Em repetidas ocasiões, Wennesland e muitos membros do Conselho de Segurança enfatizaram que o avanço dos assentamentos prejudica as perspectivas de uma solução de dois Estados e, portanto, pedem a Israel que cesse imediatamente essas atividades.
As mais altas autoridades das Nações Unidas enfatizam que muito mais deve ser feito para aliviar a situação humanitária no território palestino ocupado, finalmente suspender o bloqueio de Tel Aviv, acabar com a violência e avançar para uma solução de dois Estados.
Até hoje, a criação e o reconhecimento do Estado da Palestina é uma das questões pendentes mais antigas na ONU, embora a de Israel exista há mais de 70 anos.
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