Quito, 15 jul (Prensa Latina) O diálogo entre o movimento indígena e o governo nacional do Equador celebra hoje seu terceiro dia em meio a alguns avanços nas questões iniciais relacionadas aos subsídios e dívidas aos combustíveis.
As conversas começaram na última quarta-feira, 13 de julho, na sede da Conferência Episcopal Equatoriana, nesta capital, que atua como mediadora do processo realizado em cumprimento ao Ato de Paz assinado entre as partes, que também estabeleceu o fim de uma greve nacional realizada de 13 a 30 de junho passado.
Antes do processo, foi realizada uma reunião na semana passada para definir a metodologia das negociações. Nesse encontro, as questões foram resolvidas para responder a uma agenda promovida pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), organizadora dos protestos, com o Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas do Equador (Feine) e a Confederação Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Mulheres Negras (Fenocin).
As conversas abrangerão 10 mesas técnicas a serem realizadas em 90 dias com temas como: Combustíveis, Dívidas com bancos públicos e privados, Fomento Produtivo, Emprego e direitos trabalhistas, Energia e recursos naturais, Direitos Coletivos e Educação Superior, Proteção dos investimentos nacionais, Controle de preços, Acesso à Saúde e Segurança.
No dia da inauguração, Leônidas Iza, presidente da Conaie, denunciou o presidente da república, Guillermo Lasso, por afirmar que as manifestações foram financiadas por narcotraficantes.
Na opinião de muitos, essas desqualificações podem ser prejudiciais em meio aos diálogos que buscam o consenso e a pacificação desse país sul-americano, onde as mobilizações foram marcadas por forte repressão policial e militar, denunciada até mesmo por organismos internacionais e comissões de direitos humanos .
As conversações são lideradas pelo ministro do Governo, Francisco Jiménez, em representação do Executivo, enquanto os sectores sociais são representados pelos dirigentes da Conaie, Feine e Fenocin.
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