A representante especial do Secretário-Geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Virginia Gamba, participará desta reunião e apresentará o relatório anual sobre o tema.
Espera-se também um relatório da diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, entre outros palestrantes.
De acordo com um estudo recente daquela entidade da ONU, de 2016 a 2020 foram verificadas, em média, 71 violações graves por dia contra menores que vivem em situações de conflito.
O Unicef registra que mais de 266.000 violações foram cometidas nesse período, embora esse número represente apenas uma fração da realidade devido a limitações em termos de acesso e segurança, entre outras, para registrar tais eventos.
Além disso, o Fundo indica que a vergonha, a dor e o medo sofridos pelas crianças e famílias sobreviventes muitas vezes dificultam os relatórios, a documentação e a verificação.
O relatório, intitulado 25 anos de conflito armado e crianças: agindo para proteger as crianças na guerra, analisa mais de 30 conflitos na África, Ásia, Oriente Médio e América Latina.
As crianças continuam a ser as mais afetadas pela guerra e são obrigadas a suportar “horrores indescritíveis”, afirma o documento.
Também observa que 82% de todas as mortes de crianças verificadas ocorreram em apenas cinco lugares: Afeganistão, Israel e Palestina, Síria, Iêmen e Somália.
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