De acordo com uma pesquisa rápida realizada pela empresa YouGov, 47% dos conservadores que viram o programa transmitido ontem à noite pela rede pública BBC disseram que prefeririam Truss como a nova chefe de governo e líder do partido.

Sunak, cuja renúncia do gabinete precipitou a queda de Johnson em 7 de julho, recebeu 38% de apoio entre seus correligionários.

Embora a pesquisa refletisse apenas a opinião dos conservadores que assistiram ao debate, o ex-presidente do YouGov, Peter Kellner, disse à televisão Sky News na terça-feira que essa provavelmente seria a tendência geral entre todos os membros conservadores.

Aos olhos do público em geral, os dois candidatos estavam praticamente num impasse em um debate centrado nas políticas fiscais que cada um implementaria se vencesse a disputa interna pela liderança, embora, de acordo com a pesquisa, os trabalhistas tenham dito que prefeririam Sunak no número 10º da Rua Downing.

Truss insistiu em seus planos de reverter o aumento do imposto sobre contribuições previdenciárias aplicado pelo governo Johnson em abril passado, e garantiu que, sob seu mandato, o país começaria a pagar a dívida contraída pela pandemia em três anos. O ex-chefe da Fazenda, responsável pela implementação da medida impopular e que defende o pagamento imediato dessas dívidas, rebateu que a proposta de sua rival elevaria os juros para sete por cento.

Durante o debate televisionado, o primeiro de vários a serem realizados pelos dois durante o mês de agosto, os dois candidatos se atacaram por suas posições anteriores sobre a China e o Brexit.

Truss e Sunak também dedicarão o mês de agosto à realização de campanhas de proselitismo entre os cerca de 180 mil membros do Partido Conservador, que se encarregarão de escolher por correspondência o novo líder da organização e primeiro-ministro do Reino Unido.

O nome do vencedor será anunciado em 5 de setembro, quando os membros do Parlamento retornarem das férias de verão.

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