“Essas incursões fazem parte de uma campanha daquele país que visa silenciar e desacreditar qualquer pessoa ou organização palestina que ouse exigir a responsabilidade pelas graves violações de direitos humanos cometidas pelas forças de Tel Aviv”, afirmaram na carta.
Da mesma forma, questionaram a perseguição “daqueles que se opõem ao apartheid” e alertaram que essas ações são puníveis de acordo com as normas internacionais.
Os signatários exigiram que as autoridades daquele país revoguem imediatamente sua designação de terroristas às ONGs palestinas.
Uma declaração semelhante foi assinada esta semana por mais de 50 instituições da sociedade civil israelense.
Na quinta-feira passada, as forças de segurança israelenses invadiram e fecharam os escritórios da Associação para os Direitos Humanos e Apoio aos Prisioneiros (Addameer), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Bisan, a fundação Al-Haq e o movimento Internacional de Defesa das Crianças.
A União dos Comitês de Mulheres Palestinas, o Comitê de Trabalho Sanitário e o Sindicato dos Comitês Agrícolas também foram saqueados.
A decisão foi fortemente criticada em ambos os lados da fronteira de fato entre Israel e os territórios palestinos.
“É uma escalada perigosa e uma tentativa de silenciar a voz da verdade e da justiça, alertou o secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina”, Hussein Al-Sheikh.
“O terrorista é aquele que conquista outra nação e estabelece um regime de Apartheid, não aquele que luta para expor seus crimes!”, afirmou, por sua vez, a deputada árabe-israelense Aida Touma-Sliman.
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