Entre as respostas sobre a proteção do meio ambiente e como estimular a atividade econômica na Zona Franca de Manaus, capital do Amazonas, Lula incluiu a questão do flagelo.
Especificou que promoveu o combate às práticas irregulares no seio do Governo, através do incentivo à atuação do Conselho de Controlo de Atividades Financeiras e da Controladoria-Geral da União, órgãos que fiscalizam movimentos financeiros suspeitos e defendem o patrimônio público, respectivamente.
“Temos muitos assuntos para discutir, mas as pessoas preferem falar sobre corrupção. (Sobre) corrupção você pode mentir, (sobre) corrupção você pode dizer o que quiser”, reafirmou o ex-líder trabalhista, que provou sua inocência em tribunal perante todos acusações sobre supostos atos de suborno ou suborno.
“Criamos meios para combater todo tipo de corrupção, lavagem de dinheiro. Só há uma maneira de evitar a corrupção. Não é ter corrupção ou esconder a corrupção”, disse. Explicou que, no caso do seu governo, “as pessoas se abriram muito, e eu disse que só quem trabalhou honestamente não seria denunciado”, frisou.
Lula também criticou a atuação do procurador-geral, Augusto Aras, ao denunciar que o Ministério Público não deu seguimento à investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia de Covid-19.
“Agora, o que vemos? Um promotor chamado Procurador Distrital. Um promotor que não processa o que tem que processar. Os resultados do TPI estão paralisados. E, ao mesmo tempo, você tem um presidente que, (no diante de) qualquer reclamação contra ele decreta um segredo de 100 anos”, disse o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores para as eleições de outubro.
No relatório final do CPI, que durante seis meses em 2021 analisou a atuação do governo contra a Covid-19, foram confirmadas graves anomalias que levaram à enunciação de nove acusações contra o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, entre elas a de crime contra a humanidade.
Quando a diretoria de 11 senadores apresentou seu documento, no final de outubro, o Brasil havia acumulado mais de 600 mil mortes e 22 milhões de infecções pelo patógeno SARS-CoV-2. Atualmente registra 683.622 mortes e 34.397.205 contaminados.
Outras denúncias também foram feitas contra três dos filhos do chefe de Estado, ministros, ex-ministros, deputados federais, médicos, empresários e o governador do Amazonas, Wilson Lima.
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