Segundo o Centro de Estudos de Opinião Pública (Vtsiom), que realizou uma pesquisa junto com a agência Sputnik, o apoio russo à operação oscilou em média entre 70 e 72% nos meses em questão.
Especificamente, em agosto, 70% dos 1.600 entrevistados com mais de 18 anos de idade apoiaram bastante a ação militar anunciada por Putin em 24 de fevereiro, 18% não a apoiaram, e 12% se abstiveram, de acordo com Vtsiom.
Para 33% dos entrevistados, o objetivo da operação é defender a Rússia, desarmar a Ucrânia e impedir a instalação de bases da Organização do Tratado do Atlântico Norte naquele país.
Além disso, 20 de cada 100 entrevistados consideraram que o objetivo era defender a população das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, que fazem fronteira com o sudoeste da Rússia.
Dezessete por cento dos envolvidos na pesquisa de opinião disseram que a operação militar visa evitar uma mudança de rumo político na Ucrânia e defendê-la da ascensão dos neofascistas.
Apenas sete por cento dos questionados consideraram que a Rússia está alegadamente se preparando para ocupar e anexar territórios ucranianos.
Por outro lado, Vtsiom indicou que 82% da população não vê intenção de encenar protestos em suas regiões contra a queda do nível de vida ou ações alegadamente injustas do governo em meio à guerra econômica desencadeada pelo Ocidente contra o país.
Além disso, no caso de manifestações de massa, mais uma vez 82% dos entrevistados disseram que se absteriam de participar delas.
Após o lançamento da operação militar, os EUA, o Japão e a maioria dos países da UE aplicaram mais de 7.000 medidas punitivas unilaterais contra a Rússia e agora especulam sobre a possível suspensão dos vistos Schengen para cidadãos russos.
As autoridades russas denunciaram que as restrições visam afetar setores específicos da sociedade, a fim de levá-los a subverter a ordem pública nacional.
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