A Secretaria de Segurança Pública da divisão territorial corroborou que as equipes de resgate conseguiram localizar dois corpos no domingo.
Entre as 22 vítimas do desastre da última quinta-feira, 13 são mulheres, cinco são homens, três são crianças e uma pessoa ainda precisa ser identificada.
Destes corpos sem vida, 15 foram transportados para a ilha costeira de Marajó e cinco foram entregues a parentes em Belém.
As 65 pessoas que sobreviveram receberam assistência e foram ouvidas para ajudar nas investigações.
Nove embarcações das agências de segurança do estado e um helicóptero estão envolvidos no trabalho de busca e resgate, bem como dois barcos e uma aeronave da marinha.
De acordo com a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon), a embarcação não foi autorizada para o transporte intermunicipal de passageiros e partiu de um porto clandestino.
Imagens circulando em redes sociais e registradas por um show de passageiros quando a água começa a entrar no navio, que viajava entre a cidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, em Marajó, e Belém.
O naufrágio ocorreu perto da praia Saudade, na ilha de Cotijuba. O barco Dona Lourdes II pertence à empresa M. Souza Navegação e foi notificado pela Arcon por operar sem autorização.
Segundo o Ministério Público do Pará, todas as medidas penais, civis e administrativas aplicáveis estão sendo tomadas para processar os responsáveis pelo episódio fatídico.
Para o Ministério Público, o “trágico e triste incidente” agrava o estado do transporte fluvial no Pará, que tem sido marcado por outras tragédias similares ao longo dos anos.
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