Putin, que apareceu esta quarta-feira nos canais nacionais, fez um apelo para referir as medidas necessárias e urgentes que o país deve tomar para proteger a sua soberania, segurança e integridade territorial.
Em seu discurso, o presidente do gigante eurasiano destacou que o objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e finalmente destruir a Rússia, como fizeram na época com a União Soviética.
Segundo Putin, essas forças encorajaram gangues terroristas internacionais no Cáucaso e promoveram a infraestrutura ofensiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte perto das fronteiras russas.
Da mesma forma, especificou o presidente, eles fizeram da russofobia total sua arma, mesmo por décadas eles cultivaram deliberadamente o ódio à Rússia, principalmente na Ucrânia, e o próprio povo ucraniano foi transformado em bucha de canhão e empurrado para a guerra com Moscou.
Nesse sentido, a decisão sobre uma operação militar preventiva era absolutamente necessária e a única possível, disse Putin, acrescentando que seu objetivo principal, que é a libertação de todo o território de Donbass, permanece inalterado.
O presidente também especificou que seu país fará todo o possível para realizar os referendos nas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e nas regiões de Kherson e Zaporozhie.
Esses quatro territórios informaram que as consultas serão realizadas em uníssono entre os dias 23 e 27 de setembro.
Por fim, em sua mensagem à nação, Putin anunciou que assinou um decreto para a mobilização parcial dos reservistas com o objetivo de defender a soberania e a integridade territorial do país.
Essa mobilização parcial, especificou o presidente, começará nesta quarta-feira e envolve a convocação apenas dos reservistas e, sobretudo, daqueles que prestaram serviço militar.
Os reservistas, sublinhou, vão receber formação militar adicional tendo em conta a experiência da operação especial de libertação de Donetsk e Lugansk.
oda/gfa / fav