O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que Beijing também se mantém firme em seu apelo ao respeito pela soberania e integridade territorial de todos os países, pelos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas e pelas legítimas preocupações de segurança de cada governo.
Enfatizou, entretanto, que o gigante asiático apoia uma resolução pacífica de qualquer disputa e instou o Conselho de Segurança da ONU a fazer bom uso dos instrumentos de mediação, seguir o caminho certo para acabar com a guerra e buscar condições que conduzam a uma solução política.
Wang fez estes pronunciamentos enquanto comentava os referendos organizados nos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie sobre sua adesão à Rússia.
O Conselho de Segurança da ONU convocou uma sessão especial para discutir a votação, que durou desde o último dia até terça-feira.
O Ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, exortou na semana passada os envolvidos no conflito Rússia-Ucrânia a evitar ações e pronunciamentos que pudessem agravar a situação, abordando uma reunião sobre o assunto na 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
O diplomata exortou a comunidade internacional a desempenhar um papel construtivo no sentido de provocar o desanuviamento, restaurando as negociações de paz o mais rápido possível e transmitindo as preocupações de cada parte.
“Não há espaço para tentativas e erros enquanto houver preocupações com instalações nucleares, os riscos de acidentes devem ser evitados”, disse.
Wang Yi insistiu em se concentrar na questão humanitária e nas mortes de civis, insistindo em investigações objetivas, justas, baseadas em fatos e não politizadas.
Também exigiu maiores esforços para frear as consequências do conflito no mundo, garantir a estabilidade do mercado de energia e a distribuição de alimentos.
Também rejeitou as sanções unilaterais e que as nações em desenvolvimento deveriam ser forçadas a pagar o preço por sua imposição.
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