“Nasci no sul do Chile, na província de Ñuble, é uma província muito chuvosa e também abalada por terremotos. Meus pais eram arrendatários de uma fazenda e minha mãe foi quem me incentivou na música porque cantava, em casa sempre tivemos um violão”, relembrou Jara em entrevista publicada em 1970.
O cantor e compositor teve uma carreira profícua e entre suas canções mais conhecidas estão: El derecho de vivir en paz, Manifiesto, Deja la vida volar, Vientos del pueblo, Te recuerdo Amanda e El pueblo unido jamás será vencido.
Em 1969 triunfou no primeiro Festival da Canção Nova do Chile com sua peça “Plegaria a un labrador”, que executou junto com o grupo Quilapayún.
Artista com forte compromisso social e político, apoiou o governo da Unidade Popular do presidente Salvador Allende, que o nomeou embaixador cultural.
Após o golpe de estado de 11 de setembro de 1973, foi preso quando foi cumprir suas funções na Universidade Técnica Estadual e submetido a longas sessões de tortura, até seu assassinato em 16 do mesmo mês. De acordo com o relatório da autópsia, havia 44 ferimentos de bala.
Em homenagem a este artista e revolucionário chileno, o concerto Mil Violões para Víctor Jara acontecerá no próximo sábado na Plaza de la Paz.
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